Mulher – Sexo frágil? SQN
ENTRA EM CENA, A MULHER.
Pudemos assistir a uma cena que no mínimo nos leva a questionar o quanto somos fortes e nos comovemos com a dor do outro. O ilustrador de nome Angelo France transformou em arte, sua inspiração para o acontecido dessa semana.
A vendedora Leiliane Rafael da Silva, 29 anos, usou da força física para auxiliar no resgate do motorista João Adroaldo Tomanckeves, que foi envolvido no acidente que tirou a vida do jornalista Ricardo Boechat e do piloto de helicóptero Ronaldo Quatrucci, na Rodovia Anhanguera.
Veja a foto
A cena é surpreendente, enquanto a moça tenta ajudar o motorista que esta dentro do caminhão, homens que estavam no local, se preocupavam somente em registrar a tragédia. O próprio ilustrador menciona ” Heróis reais existem!”.
A pergunta que não quer calar: Quantas Leilianes conhecemos?
Quantas mulheres enfrentam a vida, estão o tempo todo batalhando e lutando pelos seus e pelos que passam por suas vidas. Quantas mulheres se vêem frente a uma realidade dura e injusta, levando nas costas uma casa. Saem para trabalhar e trazer o sustento ao seus lares e que não conseguem um tempinho sequer para elas mesmas? A Leiliane é uma dentre as milhares de mulheres que através de suas atitudes nos ensinam o verdadeiro valor da vida. Coragem, essa é a palavra que representa uma grande parcela dessa sociedade brasileira, de gênero feminino. Posso dizer que é muito gratificante ver mulheres que não tem medo e que estão preparadas para entender a hora de ajudar. O registro da tragédia não deveria ser o foco quando existe uma vida em risco.
Vendo a matéria sobre a Leiliane, me veio a memória, uma visita que fiz no Museu Afro Brasileiro que foi quando conheci a história da Carolina Maria de Jesus , a escritora catadora de papel. São histórias relevantes, cada uma com seu contexto e sua experiência de vida mas que estão diretamente ligadas pelo fato de serem chamadas de “SEXO FRÁGIL” e demonstrarem que fragilidade não seria o termo correto para citar a história do gênero feminino.
Aqui, registro dois exemplos de uma infinidade de mulheres que bem nos representam historicamente. Somos fortes, capazes de qualquer atividade que nos prestamos a executar, mas com uma empatia inigualável que nosso gênero reproduz. O termo “sexo frágil” é uma afirmação machista que não tem fundamento quando nos deparamos com as milhares de Leilianes e Carolinas, mulheres que esclarecem definitivamente essa “falsa crença”. Mulheres associadas ao sexo frágil e instável, homens associados a valentia, decisão e força. Será?
Bom, não é bem assim que a HISTÓRIA CONTA, não é mesmo?
Bjos, fuiii
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